quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Tipo assim...falhou Zaratustra

Disponibilizo aqui o endereço do meu novo blog que, por razões ocultas e alheias de força maior, vai se tornar o principal, apesar do design ficar devendo um pouco:

http://zaratustra.tipos.com.br

Divirtam-se?

sábado, 3 de novembro de 2007

O corno de Creta - a lenda do Minotauro revisitada

O Minotauro (touro de Minos) vivia em um labirinto na ilha de Creta. O labirinto foi erguido por Dédalo (palavra usada em portugês também como sinônimo de labirinto) a pedido do rei Minos para abrigar o monstro. Conta a lenda que antes de se tornar rei, Minos havia feito um pedido aos deuses para conseguir o trono. Poseidon (ou Netuno para os romanos) concordou contanto que Minos sacrificasse em sua homenagem um touro branco que sairia do mar. Admirado pela beleza do touro, Minos acabou por sacrificar outro touro, esperando que Poseidon não percebesse. Ledo engano.

(Segundo o Aurélio, ledo significa "risonho, alegre". Já meu amigo Michaelis acrescenta também os adjetivos "contente, jubiloso")

Alegre engano.

Furioso, Poseidon fez com que a esposa do rei, Pasífae (!), se apaixonasse então pelo touro branco e desta feliz união nasceu o famigerado Minotauro, com cabeça e rabo de boi e corpo humano.

O malvado rei Minos ainda exigia que todo ano sete moças e sete rapazes fossem entregues a seu bastardo para saciar sua fome e vontade de comer. Foi então que apareceu o grande herói Teseu disposto a matar a besta. Ariadne, filha do rei Minos, ao ver Teseu com toda aquela desenvoltura e o nome estranho comuns aos políticos, achou que o rapaz tinha alguma influência e afeiçoou-se a ele, dando-lhe um novelo de lã mágico e uma espada. Na verdade a espada é que era mágica e o novelo de lã era, bem... um belo novelo.

No labirinto adentrou Teseu
e o Minotauro se fudeu.

Percebe-se com essa história como era culto o povo grego, pois já àquela época conheciam a narrativa de João e Maria e, desta forma, evitavam o rastro de migalhas de pão. Piadas infames à parte, essa história demonstrava aos jovens gregos o que poderia acontecer se se opusessem às vontades dos deuses. Uma forma de intimidação moral recorrente nas diversas religiões deste e de outros mundos. Ou seja, se desobedeceres aos deuses, tua mulher trair-te-á com um bicho, e ainda terás que alimentar o rebento.

A ironia - sempre aparece ela nessas histórias - do destino é que apesar da mulher ter traído o monarca com um touro, o corno mesmo foi o rei Minos. (Hein hein?)