quinta-feira, 31 de julho de 2025
quarta-feira, 3 de abril de 2024
para doar
terça-feira, 15 de agosto de 2023
Lonely Stranger
Invisible
No one knows me
I have crawled
Down dead-end streets
On my hands and knees
I was born
With a raging thirst
A hunger to be free
But I´ve learned
Through the years
Don´t encourage me
´Cause I´m a lonely stranger here
Well beyond my day
And I don´t know what´s going on
I´ll be on my way
Yes, I will
When I walk
Stay behind
Don´t get close to me
´Cause it´s sure
To end in tears
So, just let me be
Some will say
That I´m no good
Maybe I agree
Take a look
Then walk away
That's all right with me
´Cause I´m a lonely stranger here
Well beyond my day
And I don´t know what´s going on
I´ll be on my way
Yes, I will
segunda-feira, 7 de agosto de 2023
Mas eu... eu sou apenas um homem
" Man was born to love
Though often he has sought
Like Icarus, to fly too high
And far too lonely than he ought
To kiss the sun of east and west
And hold the world at his behest
To hold the terrible power
To whom only gods are blessed
But me, I am just a man"
"O homem nasceu para amar
Embora sói buscado tenha
Como Ícaro, voar muito mais alto
E mais solitário que lhe convenha
Para o sol beijar ao nascer e se pôr
E ter o mundo ao seu dispor
Deter o terrível poder
Ao qual apenas um Deus é merecedor
Mas eu... eu sou apenas um homem."
Excerto da música "Just a man" de Faith No More
Tradução minha.
terça-feira, 25 de outubro de 2022
SIMPLE MAN - Lynyrd Skynyrd
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
Apocalypse
quarta-feira, 4 de agosto de 2021
Negação de responsabilidade
Fazendo comparações
quarta-feira, 28 de julho de 2021
CNV
domingo, 13 de dezembro de 2020
The Man comes around
Whoever is righteous let him be righteous still
Whoever is filthy let him be filthy still
Listen to the words long written down
When the man comes around (...)"
terça-feira, 7 de julho de 2020
Última Lembrança
Eu hei de amar-te sempre, sempre além da vida
Eu hei de amar-te muito além do nosso adeus
Eu hei de amar-te com a esperança já extinguida
De que meus lábios possam ter os lábios teus
Quando eu morrer permita Deus que nesta hora
Ouças ao longe o cantar da cotovia
Será minh'alma que num canto triste chora
E nessa mágoa o teu nome pronuncia
Eu viverei para a glória dos pesares
Aonde quase sucumbi nos teus carinhos
Eu viverei no violão que a noite tomba
Ante a janela da silente madrugada
Eu viverei como uma sombra em tua sombra
Como poesia em teu caminho derramada
Nem mesmo o tempo apagará nossos amores
Que floresceram de uma ilusão febril e mansa
Quando eu morrer eu viverei nas tuas dores
Mas te levando em minha última lembrança
(Versão José Mendes)
domingo, 30 de dezembro de 2018
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
Cântico
até que a mó se desgaste;
mesmo sem mó, limarás
contra a sorte e o desespero.
Até que tudo te seja
mais doloroso e profundo.
Limarás sem mãos ou braços,
com o coração resoluto.
Conhecerás a esperança,
após a morte de tudo.
Canga - Carlos Nejar
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Democracy
it's the
living parts which make up the Democratic System.
the next person you pass on the street,
multiply
him or
her by
3 or 4 or 30 or 40 million
and you will know
immediately
why things remain non-functional
for most of
us
I wish I had a cure for the chess pieces
we call Humanity...
we've undergone any number of political
cures
and we all remain
foolish enough to hope
that the one on the way
NOW
will cure almost
everything.
fellow citizens,
the problem never was the Democratic
System, the problem is
you."
C. Bukowski
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
Leminski
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Dos tempos
O futuro
nada mais
é
que
um pesadelo
benigno
O presente,
um sonho
insuportável
O passado,
uma brincadeira
sem
graça
sábado, 24 de setembro de 2016
O quis assim o Destino
Quis o destino -
quem será o destino?
- que assim o fosse.
O destino o quis assim.
Destino, quem sois?
Quem dera o soubéssemos. Quem dera o entendêssemos.
Para o bem ou para o
mal,
assim o era.
Pois o destino possui razões que o próprio destino
desconhece. Desrazões ainda piores.
Ou maiores.
Eu cri, aprendi, soube, ri.
Chorei, perdi, cresci, arrependi.
Mudei, fiz, li, enterneci.
Briguei, pacifiquei,
o futuro vislumbrei:
lutei pelo que vi.
Dispus-me a.
Dizei-me, agora, vós
o quê
em
troca
recebi.
Dizei-me, ó
destino,
indecifrável enigma profundo,
a recompensa
da perseverança.
Dizei!
Pois o futuro
não nos lê,
e nos crê ainda
menos.
Dizei, ó sacripantas -
tu mesmo, destino ausente -
que sofrimento insistente
me deste por suportar
Que glórias divinas -
mentiras! -
prometeste-me
Destino, cruel
tu és,
como a gigantesca onda
destroçando o convés
do barco de minh'alma,
que se afoga sob meus
pés
Dizei,
sob a cruz emoldurada,
tudo o que sabeis!
Dizei,
sob juramento bíblico,
o que não sei!
Dizei,
entre a luz dos holofotes,
o que pensei!
Admiti,
se porventura
nosso acordo quebrei.
Mas dizei
o que precisas. É o que,
pois,
necessito para
viver.
Se o vinho o sangue representa,
se o trigo, o corpo transfigura,
dá-me o que minha sede alenta,
embriaga-me do mal de vossa usura.
Dizei, contudo, o que preciso,
pois desta forma viver não aguento.
Sejais, porém, breve e conciso,
para do mal livrar-me bem com teu uguento.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Melancolia
Estou de férias
Estar é um verbo muito amplo.
Gosto de estar.
O horizonte se abre quando se está.
Estou. E ponto.
E tudo o mais vive na formatação dos parágrafos.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
COMO PERDER A SI MESMO EM 7 ATOS*
quarta-feira, 2 de março de 2016
O retorno dos que não foram
Mas cá estive
Todo este tempo.
Pra longe,
Muito longe
Deste meu vento.
Das garras
Funestas
Do eu.
Nas amarras
Indigestas
Estou
Na marra,
Os limites
Do tempo
Le poesie - Amelia Rosselli
Faccia nell'erba odori quel poco
che c'è da odorare. Sei stanco
vuoi dormire, ma non puoi. Le
rocce frastagliate prendono pose
sardoniche.
La morte è nell'aria, ti sfugge
solo per un poco. Quando torni
in pensione ti metti in ginocchio.
O vorresti. Ma non puoi.
Amelia Rosselli, p 421: Le Poesie
Face na grama cheiras o pouco
a ser cheirado. Estás cansado
queres dormir, mas não podes. As
rochas irregulares fazem poses
sardônicas.
A morte está no ar, te escapas
por um triz. Quando te
aposentas te colocas de joelhos.
Ou querias. Mas não podes.
domingo, 30 de agosto de 2015
Documentário Charles Bukowski - Born into this
Pra quem gosta dos textos do velho Buk, documentário essencial. Vários vídeos com entrevistas com o próprio Bukowski e relatos de amigos e colegas. Dá pra ver melhor quem foi o velho safado.
Eis algumas frases tiradas dali:
You have my soul and I have your money
(Vocês têm a minha alma e eu tenho o seu dinheiro - dito para uma plateia durante leitura de poemas)
When I write I am the hero of my shit
(Quando escrevo sou o herói das minhas merdas)
Sex is something you do when you cant sleep
(Sexo é algo que você faz quando não consegue dormir)
Love is a fog that (dissipates) first daylight of reality
(O amor é uma neblina que se dissipa aos primeiros raios de realidade)
Love is a dog from hell
(O amor é um cão do inferno)
domingo, 23 de agosto de 2015
COME ON IN!
welcome to my wormy hell.
the music grinds off-key.
fish eyes watch from the wall.
this is where the last happy shot was
fired.
the mind snaps closed
like a mind snapping
closed.
we need to discover a new will and a new
way.
we're stuck here now
listening to the laughter of the
gods.
my temples ache with the fact of
the facts.
I get up, move about, scratch
myself.
I'm a pawn.
I am a hungry prayer.
my wormy hell welcomes you.
hello. hello there. come in, come on in!
plenty of room here for us all,
sucker.
we can only blame ourselves so
come sit with me in the dark.
it's half past
nowhere
everywhere.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
ESTAR
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Olha como sorriem na foto...
Mas, por outro lado, conheço o PT e o PSDB. E o que se sabe é que a alternância no poder torna a democracia mais saudável, ou pelo menos é o que acreditamos e desejamos.
Dúvidas: Não sei o quanto Marina vai conseguir mudar, isso se ela realmente o quiser. Não sei até onde a aliança com o partido de Campos vai, e se isso pode minar seu hipotético governo a partir do momento em que se começar a fatiar o governo em cargos para aliado. Não sei também, como ficará o congresso e se essa aliança de partidos nanicos terá algum poder de fogo ao legislar. Se não tiver, ou Marina terá que se abrir (leia-se cargos) aos inimigos da eleição (PT, PSDB e agregados) ou...
A Pior das hipóteses: Marina, durante 4 anos (ou 5, como ela quer, se conseguir aprovar a nova lei eleitoral), isolada, sem maioria na Câmara ou no Senado, recebendo seu salarinho sem conseguir aprovar nada.
A pergunta é: queremos tudo isso de novo? Mudar é sempre arriscado, mas repetir o erro não é algo motivador. Sei que, caso eu decida mesmo votar em Marina Silva, ou qualquer que seja o candidato, votarei também em seus confrades para o legislativo, para que não pereçam no limbo do imobilismo
político. Amém
Chega-se ao ponto fatídico da questão: o presidencialismo, principalmente no Brasil, não funciona. Sempre fui adepto à República Parlamentarista, com um presidente como chefe de estado e um primeiro-ministro como chefe de governo, este último com a condição sine qua non de deter a maioria no congresso, sob pena de perder o cargo e gerar, automaticamente, novas eleições (para não penalizar, desta forma, o povo, os eleitores, que ficariam com um líder inerte por 4 anos, como ocorre aqui no país tropical).
Mas talvez ainda não estejamos preparados para tudo isso. Melhor nos acomodarmos e deixar tudo como está, não é mesmo?
Reflitamos sobre isso, pois pois...
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Da chuva e da morte
Chuva é sinônimo de Joinville. Há mais de dois anos descobri esta definição que não se encontra nos melhores dicionários. A morte porém ronda. E muito embora as metáforas sejam boas e quase sempre definitivas, quando a morte deixa de sê-la (uma metáfora), torna-se um peso.
Uma das metáforas da chuva é o choro. Chover é o mundo que chora. Alguém que chove por dentro, chora, copiosamente. A união de elementos eternos, a morte e a chuva. São tristes. Literariamente eficazes. Humanamente insuportáveis. Céu e inferno, dois lados da mesma moeda.
Desde 2008, vejo a morte de perto. E a cada morte, um pouco de mim também morre. A intolerância, embora ainda de tamanhos incomensuráveis, diminui. É a vida a preparar-nos ao nosso fim. Ashes to ashes. Até lá estaremos acostumados.
Sempre relutei em admitir, mas a morte me fez escrever a coisa mais linda que realizei na minha vida, mas que se perdeu nesta labirinto chamado internet. Era um texto sobre a morte de meu avô e do nascimento de meu sobrinho, quase concomitantes. Espero um dia reencontrá-lo.
Foi triste demais escrever este texto. Lembro de ter chorado um monte após terminá-lo, e parece que a tristeza ali descrita e escancarada abarca todas as mortes posteriores que vivi. Presenciei mortes que em mim tiveram impacto semelhante a esta primeira, mas que por descaminhos incompreensíveis, não originaram nenhum texto.
A morte é uma merda. Um ser (um ser?) desprezível. Sou sempre um dos primeiros a questionar a morte, ou qualquer outra verdade eterna. Mas sem provas irrefuáveis, temos que admitir: ela existe. E fede pra caralho.
Minha esperança não é, como pensam, a imortalidade. Deixo isso para os tolos. Não penso, nem mesmo, na ubiquidade. A onisciência, para mim, é uma ostentação supérflua.
Quero somente, antes de minha morte, reecontrar o texto que escrevi. É a minha essência. Aquilo sou eu.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Jogatina
Olhando de frente, vê-se dois prédios, um muito próximo ao outro. Vê-se que o da direita é mais antigo que o da esquerda e este, por sua vez, um pouco mais baixo que o primeiro.
A proximidade entre os dois prédios causa fenômenos no mínimo intrigantes. graças a isto, os apartamentos de baixo do prédio da direita não recebem nem um pingo de sol durante o dia (talvez algumas gotas com o sol a pino). E, por coincidência do destino ou por mera sacanagem do pedreiro, os apartamentos de ambos os prédios encaram-se frente a frente, sacada a sacada, janela a janela, na mesma altura. Se existir um voyeur entre os vizinhos, é o local indicado para bisbilhotagem anônima. A rotina escancarada elevada à última potência.
É ali onde eu, Zaratustra, habito. A minha caverna atual.
Recentemente mudou-se uma velhinha para o apartamento que fica em frente ao meu. Muito me fazem falta os antigos inquilinos, pois descobri que era dali que vinha o sinal wi-fi que eu emprestei por muitos meses. Infelizmente descobri somente quando sumiram.
Após alguns meses desocupado, mudou-se uma velha para o referido apê. Provavelmente não pode ou não gosta de pegar sol. Assiste pouca TV, e fuma bastante na sacada. Mas não vi nada disso. Quem me contou foi o voyeur do apê de cima.
Dias desses, distraído acabei por observar o apê da velhinha: ao redor de uma mesa redonda forrada com veludo verde, 4 ou 5 outras idosas, cada uma com muitas cartas em cada mão, sérias, numa jogatina ferrenha que deveria valer o ingresso para o baile da feliz idade. Não identifiquei o jogo, mas a coisa era séria, pois vi à tarde, saí de casa e voltei à noite e ainda estavam ali.
Não parece ser pôquer, ao menos não vejo fichas. Se fosse eu ia entrar na roda pra rapar a mesa das anciãs. Deve ser canastra ou pif. Sabe lá.
Seguidamente se reúnem, mas creio que ultimamente a coisa tem sido mais frequente. Anteontem ali estava, hoje também. Não me surpreenderia se estivessem há três dias seguidos ali, estáticas, uma tentando arrancar das outras a casa, o carro perdido na rodada anterior. Ou o ingresso pro camarote no baile de sexta à tarde.
Enquanto o mundo gira, a vida segue e outra rodada recomeça. O eterno retorno dos ases. Nesse momento porém uma percebeu que estou olhando... melhor disfarçar. Sob meus óculos escuros, às 23h, ninguém deve perceber que as observo.
Ela avisou as outras. Todas me encaram agora, com olhares ameaçadores. Mas velhinhas com olhares ameaçadores são sempre engraçadas, e me escapa uma risada. Agora mexem na bolsa. Devem procurar um guarda-chuva pra jogar em mim. Eu rio enquanto faço gestos imitando um jogo de cartas e abro mais uma cerveja.
Quando olho novamente, três armas na sacada apontando pra mim, a raiva pulsa em seus olhos. Meu último desejo?
Que a cerveja estivesse gelada.