PESADELOS DO SENSO COMUM
Tenho tido sonhos teratológicos
Arquétipos modelares
invadiram meu inconsciente
provocando um ruptura epistemológica
e implantando modelos sistêmicos
...behavioristas...
Perdi meu pensamento complexo
e caí no senso comum
Vi xamãs aculturados, rituais tétricos
...ágrafos...
Modelos cibernéticos,
aristotélicos,
teoremas imagéticos
Minha válvula redutora
perdeu o juízo
Ouço achismos,
hibridismos eruditos
...diferentes...
Lapsos de português,
símbolos repelentes,
pesquisas e pesquisas
incutidas
no inconsciente coletivo
da sociedade capitalista
...o mal...
Hippies e comunistas frustrados
(em meus pesadelos imagéticos)
matam-me de agonia e,
acabado,
e sem um repertório científico eficiente
Apago a luz do fim do túnel
...pararelo...
Enquanto palhaços e palhaças
rebolam seus esqueléticos
e frenéticos corpanzis
na boca da garrafa
de Santo Daime
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
domingo, 12 de agosto de 2007
Poemeu
É dedar medo
Ceguir os segos
Cor taras pontes
Hávida é ex cura
E há guamole
Em pé dradura
(Entendeu agora?)
Millôr Fernandes
Ceguir os segos
Cor taras pontes
Hávida é ex cura
E há guamole
Em pé dradura
(Entendeu agora?)
Millôr Fernandes
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Millôr Fernandes
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Assassino confesso
Foi hoje. Morreram no mínimo 5 de um grupo. Do outro não pude ter certeza, estavam distantes. Mas, ao menos, consegui afugentá-los do local. E não há remorso.
Não foi por legítima defesa, muito embora a qualquer momento um deles poderia vir em minha direção e me atacar, mas não atacou até a hora de sua morte, amém. Teria sido um parcela de sadismo de minha personalidade? É possível. Ver a agonia na hora da morte é um tanto prazeroso, não posso negar.
O fato é que de tempos em tempos ressurge essa vontade, esse ímpeto assassino e não tenho forças para controlar. Primeiro fecho todas as janelas, pra não escaparem. Depois pego uma vassoura e, silenciosamente, avanço rumo à aglomeração. Muito embora o desejo de assistir à agonia seja extremamente forte, na maioria das vezes saio em desabalada carreira, como se testemunhas houvessem por perto para me incriminar, e me escondo dentro de casa, como se uma multidão clamando por meu linchamento desta forma pudesse ser contida.
Silenciosamente, em meu templo secreto no qual meu quarto se transforma, brindo comigo mesmo e regozijo-me intensamente com um sorriso escancarado na face, comemorando mais uma chacina de marimbondos prestes a criar uma colméia ameaçadora em minha casa.
Não foi por legítima defesa, muito embora a qualquer momento um deles poderia vir em minha direção e me atacar, mas não atacou até a hora de sua morte, amém. Teria sido um parcela de sadismo de minha personalidade? É possível. Ver a agonia na hora da morte é um tanto prazeroso, não posso negar.
O fato é que de tempos em tempos ressurge essa vontade, esse ímpeto assassino e não tenho forças para controlar. Primeiro fecho todas as janelas, pra não escaparem. Depois pego uma vassoura e, silenciosamente, avanço rumo à aglomeração. Muito embora o desejo de assistir à agonia seja extremamente forte, na maioria das vezes saio em desabalada carreira, como se testemunhas houvessem por perto para me incriminar, e me escondo dentro de casa, como se uma multidão clamando por meu linchamento desta forma pudesse ser contida.
Silenciosamente, em meu templo secreto no qual meu quarto se transforma, brindo comigo mesmo e regozijo-me intensamente com um sorriso escancarado na face, comemorando mais uma chacina de marimbondos prestes a criar uma colméia ameaçadora em minha casa.
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sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Da inutilidade
"...muita coisa inútil na vida da gente serve como esse táxi: para nos transportar de um ponto útil a outro" - C. Lispector in "Aprendendo a viver"
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Clarice Lispector
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Um pouco de política, pra variar
"Sou um medroso para andar de avião. Cada vez que o avião fecha a porta eu entrego minha sorte a Deus" - Lula, na posse de Nelson Jobim
"...não será talvez demais imaginar que o avião que o presidente tinha em mente era o avião Brasil e que o comandante, tão sujeito a falhas que o melhor é confiar em Deus, não seria senão ele próprio" - Roberto Pompeu de Toledo em ensaio na Revista Veja
"...não será talvez demais imaginar que o avião que o presidente tinha em mente era o avião Brasil e que o comandante, tão sujeito a falhas que o melhor é confiar em Deus, não seria senão ele próprio" - Roberto Pompeu de Toledo em ensaio na Revista Veja
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