Três puffles estavam na montanha fazendo uma competição para ver quem era o mais rápido para pegar o bife. O primeiro foi Escovinha que lançou seu bife, correu montanha abaixo e puft! Não conseguiu.
O segundo foi Cabeludo, lançou seu bife, correu montanha abaixo e puft, caiu no meio do caminho.
Lá se foi o terceiro puffle, Espertinho jogou seu bife correu montanha abaixo, foi até o plaza comer uma pizza, dançou no dance club, tirou uma soneca e foi pegar o bife.
- Nossa Espertinho, como você fez isso?
- Ah, é fácil, o bife tem "controle remoto".
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Texto escrito pela irmãzinha de 9 anos de Zaratustra , mais conhecida como Gremistinha.
domingo, 30 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
Mochilão na Europa PARTE VI - Copenhague
Continuando o último post:
Posso dizer que finalmente estava começando a minha viagem, já que foi o primeiro trem que peguei. Não sei porque, mas todas as vezes em que andei de trem na Europa lembrava-me do famoso livro de Agatha Christie, Assassinato no Expresso do Oriente, onde o grande detetive Hercule Poirot (pronuncia-se Poarrô) desvenda um crime indesvendável. Mas felizmente, que eu saiba, ninguém morreu nos trens em que viajei. Que eu saiba.
De qualquer maneira, eu dizia que peguei o trem noturno de Estocolmo, terra das loiras, para Copenhague, terra das loiras. As outras. Existem vários tipos de loiras, quer dizer, de trens noturnos, sendo o mais legal aquele com cabines e seis beliches, três de cada lado. Se minha memória não falha, dormi na de baixo do lado direito.
A viagem nem vi passar. Quando dei por mim estavam anunciando Copenhagen, peguei minha mochila e saí, perdido como sempre. Eu deveria ter descansado, mas o fim de semana tinha me destruído de tal forma que me senti como se estivesse 24h sem dormir. Eram umas 6h30 e eu tinha fome.
Eu tinha fome, mas não tinha dinheiro. Aliás, eu tinha, mas euros e a coroa sueca. Ali a moeda era outra. Pra poder ter uns trocados da coroa dinamarquesa em mãos, tive que esperar até umas 7h30, quando então a barraquinha do câmbio abriu. Feliz, comi um sanduíche. Uma das sensações mais claras e marcantes de um ser humano, que ele certamente se lembrará pelo resto da vida, é quando enche a boca quando está com fome. É uma sensação indescritível, não sei porque ainda teimo em tentar descrevê-la.
Com um mapa em mãos, fui ao ponto de informações turísticas que também estava fechado. Tive que esperar até umas 9h pra poder perguntar onde tinha um albergue pra poder dormir um pouco, decentemente. Uma das sensações mais claras e marcantes de um ser humano, que ele certamente se lembrará pelo resto da vida, é quando ele consegue uma informação depois de horas esperando por ela. É uma sensação indescritível, não sei porque ainda teimo em descrevê-la.
Com a informação no mapa e o mapa em mãos, segui o caminho dos albergues, do mais perto ao mais longe. Com sorte o primeiro tinha vagas. Eram umas 10h quando fiz o check-in, mas os quartos só estariam livres a partir da uma. Encostei minha bagagem em um canto, mas eu sou um cara que não sabe esperar sentado, e ao invés de ficar por ali, saí pra dar uma caminhada e conhecer os arredores. Segui pela Absalonsgade, cruzei a Sønder Boulevard, peguei a Skelbaekgade e fui reto até chegar na beira do canal Sydhavnen, onde tinha um shopping. Pensei em ir ao cinema e passar o tempo assistindo aos Mercenários do Stallone, aí lembrei-me que na Europa eles dublam todos os filmes, e meu nível de dinamarquês não estava tão bom ainda.
Só sei que caminhei pacas, tirei várias fotos (que dor no coração), e enfim voltei para o albergue, onde minha cama me esperava. Uma das sensações mais claras e marcantes de um ser humano, que ele certamente se lembrará pelo resto da vida, é quando acha uma cama depois de horas sem dormir direito. É uma sensação indescritível, não sei porque ainda teimo em descrevê-la.
Com o travesseiro em mãos, dormi até umas 17h, quando resolvi caminhar. Copenhague é uma bela cidade, devo reconhecer. Uma pena que por motivos de cansaço, minha memória não se lembre muito. Uma pena que estava nublado no primeiro dia, e choveu durante todo o segundo.
Do albergue, caminhei pela Vesterbrogade, que é tipo uma avenida principal. Passei na frente do Tivoli Garden (um dos parques de diversões mais antigos do mundo), de uma estátua do escritor e poeta dinamarquês Hans Christian Andersen, pela bela praça Rådhuspladsen, enveredei pela Stroget, fiz mais um monte de voltas que não me lembro mais até chegar ao Kastellet, um belo parque onde repousa a estátua da Pequena Sereia, criação de Andersen. A Pequena Sereia, não a estátua. Os canais/rios de Copenhague dão um ar elegante à cidade. O nome em dinamarquês "København" significa Porto dos Mercadores, onde Havn está para porto, e qualquer canalzinho sem vergonha tem um Havn no final do nome. O que quer dizer que perdi o fio da meada.
Quando começou a querer escurecer, decidi voltar e passei na minha já conhecida e velha amiga estação ferroviária pra surfar na internet e comer um baguio. Na saída, já pelas 21h ou 22h da noite, ao invés de ir pelo caminho natural da Vesterbrogade, atalhei pela Halmtorvet, pois o mapa me dizia que era mais perto. E foi aí que descobri o lado escuro da cidade.
Que contarei no próximo post.
Posso dizer que finalmente estava começando a minha viagem, já que foi o primeiro trem que peguei. Não sei porque, mas todas as vezes em que andei de trem na Europa lembrava-me do famoso livro de Agatha Christie, Assassinato no Expresso do Oriente, onde o grande detetive Hercule Poirot (pronuncia-se Poarrô) desvenda um crime indesvendável. Mas felizmente, que eu saiba, ninguém morreu nos trens em que viajei. Que eu saiba.
De qualquer maneira, eu dizia que peguei o trem noturno de Estocolmo, terra das loiras, para Copenhague, terra das loiras. As outras. Existem vários tipos de loiras, quer dizer, de trens noturnos, sendo o mais legal aquele com cabines e seis beliches, três de cada lado. Se minha memória não falha, dormi na de baixo do lado direito.
A viagem nem vi passar. Quando dei por mim estavam anunciando Copenhagen, peguei minha mochila e saí, perdido como sempre. Eu deveria ter descansado, mas o fim de semana tinha me destruído de tal forma que me senti como se estivesse 24h sem dormir. Eram umas 6h30 e eu tinha fome.
Eu tinha fome, mas não tinha dinheiro. Aliás, eu tinha, mas euros e a coroa sueca. Ali a moeda era outra. Pra poder ter uns trocados da coroa dinamarquesa em mãos, tive que esperar até umas 7h30, quando então a barraquinha do câmbio abriu. Feliz, comi um sanduíche. Uma das sensações mais claras e marcantes de um ser humano, que ele certamente se lembrará pelo resto da vida, é quando enche a boca quando está com fome. É uma sensação indescritível, não sei porque ainda teimo em tentar descrevê-la.
Com um mapa em mãos, fui ao ponto de informações turísticas que também estava fechado. Tive que esperar até umas 9h pra poder perguntar onde tinha um albergue pra poder dormir um pouco, decentemente. Uma das sensações mais claras e marcantes de um ser humano, que ele certamente se lembrará pelo resto da vida, é quando ele consegue uma informação depois de horas esperando por ela. É uma sensação indescritível, não sei porque ainda teimo em descrevê-la.
Com a informação no mapa e o mapa em mãos, segui o caminho dos albergues, do mais perto ao mais longe. Com sorte o primeiro tinha vagas. Eram umas 10h quando fiz o check-in, mas os quartos só estariam livres a partir da uma. Encostei minha bagagem em um canto, mas eu sou um cara que não sabe esperar sentado, e ao invés de ficar por ali, saí pra dar uma caminhada e conhecer os arredores. Segui pela Absalonsgade, cruzei a Sønder Boulevard, peguei a Skelbaekgade e fui reto até chegar na beira do canal Sydhavnen, onde tinha um shopping. Pensei em ir ao cinema e passar o tempo assistindo aos Mercenários do Stallone, aí lembrei-me que na Europa eles dublam todos os filmes, e meu nível de dinamarquês não estava tão bom ainda.
Só sei que caminhei pacas, tirei várias fotos (que dor no coração), e enfim voltei para o albergue, onde minha cama me esperava. Uma das sensações mais claras e marcantes de um ser humano, que ele certamente se lembrará pelo resto da vida, é quando acha uma cama depois de horas sem dormir direito. É uma sensação indescritível, não sei porque ainda teimo em descrevê-la.
Com o travesseiro em mãos, dormi até umas 17h, quando resolvi caminhar. Copenhague é uma bela cidade, devo reconhecer. Uma pena que por motivos de cansaço, minha memória não se lembre muito. Uma pena que estava nublado no primeiro dia, e choveu durante todo o segundo.
Do albergue, caminhei pela Vesterbrogade, que é tipo uma avenida principal. Passei na frente do Tivoli Garden (um dos parques de diversões mais antigos do mundo), de uma estátua do escritor e poeta dinamarquês Hans Christian Andersen, pela bela praça Rådhuspladsen, enveredei pela Stroget, fiz mais um monte de voltas que não me lembro mais até chegar ao Kastellet, um belo parque onde repousa a estátua da Pequena Sereia, criação de Andersen. A Pequena Sereia, não a estátua. Os canais/rios de Copenhague dão um ar elegante à cidade. O nome em dinamarquês "København" significa Porto dos Mercadores, onde Havn está para porto, e qualquer canalzinho sem vergonha tem um Havn no final do nome. O que quer dizer que perdi o fio da meada.
Quando começou a querer escurecer, decidi voltar e passei na minha já conhecida e velha amiga estação ferroviária pra surfar na internet e comer um baguio. Na saída, já pelas 21h ou 22h da noite, ao invés de ir pelo caminho natural da Vesterbrogade, atalhei pela Halmtorvet, pois o mapa me dizia que era mais perto. E foi aí que descobri o lado escuro da cidade.
Que contarei no próximo post.
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Concurso de microcontos
Saiu há alguns dias a classificação do Prêmio Literário Cidade de Porto Seguro, onde meu microconto ficou em segundo lugar. Reproduzo a minha cria abaixo:
Ernesto e os sábados
Todos os sábados à tarde, Ernesto tinha o costume de sentar-se na rede e ler seus livros preferidos. Contudo, naquela tarde havia encontrado um livro que não recordava ter comprado. Fitou-o e o escolheu como a leitura do dia. Era a história de um homem que, todos os sábados à tarde, tinha o costume de sentar-se na rede e ler seus livros preferidos. Seu nome era Ernesto.
Leu o primeiro parágrafo e ficou paralisado. Todos os livros lidos em sua vida – e sua própria vida – passaram em dois minutos em frente a seus olhos. Os sentimentos eram vários, mas em pouco tempo Ernesto sentiu a felicidade de uma sensacional descoberta e ao mesmo tempo a tristeza decepcionante das derrotas. Havia revelado o sentido de sua vida, a origem de todos ao seu redor. E também o desalento de descobrir-se um mero personagem literário.
E o pior, tinham chegado ao final do livro.
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
E eu que pensei...
eu estive
longe
mas às vezes
o longe
parece menos
distante
que o perto
longe
mas às vezes
o longe
parece menos
distante
que o perto
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