terça-feira, 7 de agosto de 2007

Assassino confesso

Foi hoje. Morreram no mínimo 5 de um grupo. Do outro não pude ter certeza, estavam distantes. Mas, ao menos, consegui afugentá-los do local. E não há remorso.

Não foi por legítima defesa, muito embora a qualquer momento um deles poderia vir em minha direção e me atacar, mas não atacou até a hora de sua morte, amém. Teria sido um parcela de sadismo de minha personalidade? É possível. Ver a agonia na hora da morte é um tanto prazeroso, não posso negar.

O fato é que de tempos em tempos ressurge essa vontade, esse ímpeto assassino e não tenho forças para controlar. Primeiro fecho todas as janelas, pra não escaparem. Depois pego uma vassoura e, silenciosamente, avanço rumo à aglomeração. Muito embora o desejo de assistir à agonia seja extremamente forte, na maioria das vezes saio em desabalada carreira, como se testemunhas houvessem por perto para me incriminar, e me escondo dentro de casa, como se uma multidão clamando por meu linchamento desta forma pudesse ser contida.

Silenciosamente, em meu templo secreto no qual meu quarto se transforma, brindo comigo mesmo e regozijo-me intensamente com um sorriso escancarado na face, comemorando mais uma chacina de marimbondos prestes a criar uma colméia ameaçadora em minha casa.

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