sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O fim da madrugada



No alvor do frio dos dias da cidade secular
Dos ventos, das gotas do orvalho que me circundam
O rio e a chuva que de umidade a cidade inundam
O outono das folhas mortas a alma congela devagar

Na madrugada ociosa, silente e abandonada,
nas alamedas desertas, nos becos escuros
abraça a cidade, como os antigos muros,
a voz sôfrega que jaz eternizada

pelos ecos, que dos sinos a toada
acompanha. A sombra, do nada,
surge sem que ninguém a veja

E sucumbe sob os raios da alvorada,
ouve-se o pranto de um'alma desgarrada
e o desespero pela última cerveja

domingo, 18 de outubro de 2009

A dubitável certeza





Ler antes do
tempo

Crer.
A ciência de saber-se possível.
Superestimar
o ego.

O nulo.

Querer
e não ter
a certeza
Poder
e não possuir
a firmeza
Fazer
e desconhecer
o impossível

Demasiado.
Simples assim.

Exerço o meu
erro
Execro
meus acertos

E amo
a instabilidade
do porvir

Saber e ser
o que se é
anula a dúvida

Saber e ser
o que se queria ser
e o que se queria
saber.

Nada

E o fundo do escuro do mundo
é a sombra do vento
a perfumar
a cor dos dias
que já foram

E o rei da cocada preta
disse "Vamo nessa"

lhe respondi com uma careta
"Mas a verdade é outra, e diversa"

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O retorno de Zaratustra

Depois de quase dois anos longe, retorno a este endereço. Talvez tenha sido um belo equìvoco ter saìdo daqui. Talvez nao.

Dizem por aì que o bom filho à casa retorna. E cà estou, ora pois.

Mas a verdade é outra e diversa.