sábado, 9 de abril de 2011
Delírio
Era a vida a fugir
com as pernas
do delírio.
Era o caos.
Do cão,
o frio.
E a morte
à espreita.
- Mas do quê se foge?
Sei que quis.
Mas o rio deságua
na foz
da amargura.
- Mas do quê se foge?
A distância matou-me
com direito a replay
a replay
Mas era a
vida a fugir com
as pernas
do delírio.
Rei do mundo,
Rei do azul,
cri na vida e
caí na poça sem fundo
dentro do poço do calabouço
do engano-mundo.
- Mas do quê se foge?
Tentei.
Mas tentar exige estímulos
que são gerados por uma
força.
Mas se a força não
existe,
o que se cria
é o nulo:
uma ilusão de vida
besta.
Besta!
- Mas do quê se foge?
A ilusão, porém,
persiste.
Apesar de nula
eterna é a força,
e cíclica é,
e é eterna.
E o círculo não morre
jamais.
Mas a vida
fugiu
com as pernas do
delírio.
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O que são os poetas?
ResponderExcluirQuem poderá me responder?
Dizem que eles vieram do céu
Numa cauda de cometa
Esses seres que outrora foram estrelas
E aqui na Terra são vistos como loucos,
Banais como tantos outros
Mas o que ninguém sabe
E que ninguém nunca irá saber
É que os poetas são seres transcendentes
De uma capacidade inigualável
De se colocar no lugar de qualquer ser
porra alemão!
ResponderExcluireu fujo dos meus leitores...
mas cada um foge do que acha melhor.. euheuhe. abraço