quarta-feira, 26 de maio de 2010

Devaneio sobre a tradução



A primeira vez que ouvi coisa semelhante foi no mestrado. Algum professor, que agora não me lembro mais quem, nos disse que uma vez alguém promoveu o seguinte exercício.

Um trecho de um texto em italiano foi dado a um tradutor de determinada língua. Essa tradução foi repassada a um outro tradutor de outra língua e assim sucessivamente até a décima tradução e, desta, de novo para o italiano. Nenhum dos profissionais envolvidos sabia quem era o autor do texto e imaginavam que o mesmo era original, e não a tradução de uma tradução. O resultado, obviamente, foi catastrófico.

Lembrei disso lendo o site do Millôr, no qual ele faz um exercício semelhante com o tradutor eletrônico do Google. Se com seres humanos é impossivel manter o sentido original, que dizer de uma maquineta. 

Pensando nisso, resolvi eu mesmo fazer o experimento, com uma das frases que mais utilizo, embora as origens dela sejam obscuras. Vamos lá:

PORTUGUÊS
O importante é o que importa.

Inglês
What is important is what matters.

Italiano
Ciò che è importante è ciò che conta. 

Alemão
Wichtig ist, worauf es ankommt. 

Espanhol
Lo importante es lo que importa.

Eslovaco
Dôležité je, na čom záleží. 

Frances
Ce qui est important est ce qui importe.

Gaélico
Is éard atá tábhachtach i dtaobh nithe a.

Catalão
Constitueix una matèria important a.
 
Grego
Αποτελεί μια σημαντική ουσία in.

Polonês
Jest to ważna substancja w.

Português
Esta é uma substância importante dentro 

Interessante. Parece que até chegar no gaélico (que pra quem nao sabe é o que se fala na Irlanda, além do inglês) tava tudo certo, mesmo alternando entre línguas latinas e não-latinas. Depois fudeu tudo.

O que aprendemos com isso? Não devemos confiar em quem fala gaélico? Ou, pelo contrário, deveríamos aprender a língua e aproveitar esse nicho de mercado? O que tudo isso quer dizer?
Talvez eu esteja errado, mas isso provavelmente quer dizer que eu tenho que voltar a estudar, ao invés de ficar perdendo o tempo com besteiras.

 

 

8 comentários:

  1. Porra alemão. Eu como bom estudante de francês, vi que até o francês estava tudo ok. O que fudeu tudo foi o gaélico, o que quer dizer que não devemos parender gaélico. Mas é interessante essa história toda, principalmente para quem está sem nada para fazer, como eu.
    Porra alemão

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  2. ah, eu quis dizer aprender, e não "parender". desculpa alemão. porra

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  3. ah, e eu comento mais de uma vez porque estou realmente sem ter o que fazer: desempregado e aguardando a próxima orientação pra poder fazer alguma coisa pela minha dissertação. nas horas vagas leio blogs alheios, escrevo no meu blog, cuido da minha mini fazenda, vou na catequese e estudo francês. mas como entrei em greve no meu blog, me sobrou escrever comentários no blog dos outros. ah, e cuido do nenê que está na barriga da patroa. porra alemão

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  4. tu deve achar que um monte de gente leu teu texto, mas sou eu de novo! auhauhauhaah. te peguei! te peguei! auhauhaua
    porra alemão!

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  5. Isso me parece um conceito de engenharia/matemática chamado propagação de erros. Em toda a medida há uma margem de erro. Todo cálculo/trabalho feito com ela irá aumentar o tamanho do erro. Então isso tudo quer dizer que o ideal é sempre buscar direto da fonte.
    Um abraço.

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  6. Meu... vc ta certo... escrevi errado mesmo. Eita eu e meu ingles ruim hahahahahaha
    Nao participei nao, fui cobrir o evento.
    bejao

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  7. quem conta um conto, aumenta um ponto....telefone sem fio, etc....foi muito divertido

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