Bebo uma cerveja. O frio passa em frente à minha janela. As luzes do quarto apagadas. Eu olho pela janela. Eu penso.
Outro gole. Tiro os óculos e de repente minha visão se embaça. Vejo luzes e escuros desfocados. O frio passa. Olho pro relógio: é tarde, muito tarde. Eu penso.
O computador toca Cafe Tacuba. É incrível como a língua espanhola é melancólica, e ao mesmo tempo tão bela. Outro gole. E eu penso no futuro.
O futuro...o futuro promete e ao mesmo tempo distancia. O futuro poderia ser belo como uma música do Cafe Tacuba. Poderia ser simples. Mas a simplicidade não combina com Deus. Deus exige o complexo, o caos, a provação. Deus exige atenção.
Deus exige.
Outro gole. Abro a janela e o frio entra e me envolve. Me deixo ficar. O futuro está próximo. El futuro es mañana. Una mañana linda...
A cerveja termina. O frio continua. O futuro, em um mês, dará provas de existência. "Espero que Deus não seja tão sarcástico comigo", estava escrito no livro.
"Amém", disse o poeta, últimas palavras, lucidez completa.
Depois, silêncio.
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Fantastico.
ResponderExcluirprincipalmente o Deus exige.
vamos tomar uma sim quando voce vier
aoo fiao
Porque o futuro nos embreaga com suas promessas entorpecentes.
ResponderExcluirPorque Deus exige demais, mas faz muito pouco.
Ahhh...o caos...sempre a nos perseguir com seus passos longos.
E o frio não cessará!
belo texto.
xerinho.
e já havia me esquecido de mencionar que: seu blog é bem aconchegante e seus textos então...parabens pelo blog!
ResponderExcluirobrigado
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